O FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – realizou, em parceria com o Instituto Arapyaú, o estudo FOCUS I Visão Brasil sobre o agronegócio. O trabalho busca contribuir para a discussão sobre o futuro do setor no País, especialmente no contexto de uma transição para um modelo de produção sustentável. “As análises apontam para recomendações e propostas inovadoras no sentido de compatibilizar questões econômicas e socioambientais”, explica Sergio Schlesinger, coordenador do estudo.
O principal diferencial do estudo é a análise integrada dos setores de pecuária, soja, cana e florestas plantadas – quatro dentre os principais em termos de ocupação territorial e no peso das exportações agropecuárias do País. “O estudo aponta a ausência de uma análise sistemática e integrada do impacto das atividades agropecuárias, envolvendo tanto o conjunto destas atividades quanto seus aspectos econômicos, sociais e ambientais”, ressalta Schlesinger.
As análises também contemplam a questão da ocupação da terra pela agropecuária. “São mais de 235 milhões de hectares ocupados por esses setores, o que representa 83% da área ocupada por atividades agropecuárias no Brasil. E a grandeza desses setores não está apenas na área por eles ocupada. Cana-de-açúcar, soja, pecuária e florestas plantadas apresentaram expressivas taxas de crescimento da produção nos últimos anos e as previsões apontam para a continuidade desta expansão – ressalvadas as condicionantes referentes às mudanças climáticas. Embora parte do crescimento possa vir do aumento na produtividade, a tendência geral é a de ampliação das áreas ocupadas por todas estas culturas”, ressalta Schlesinger.
O FOCUS | Visão Brasil entende que o agronegócio é um dos pilares de sustentação da balança comercial positiva do Brasil, trazendo importantes divisas para o País. Mas o estudo aponta que, mais que um diferencial competitivo, a atenção a questões de sustentabilidade pode contribuir para que o Brasil promova a transição de uma potência agrícola para uma potência socioambiental. Ou seja, busque alternativas de produção que compatibilizem ganhos produtivos e econômicos com critérios e ganhos socioambientais.
Uma das conclusões do FOCUS I Visão Brasil é que propostas de um zoneamento econômico ambiental limitadas a um setor produtivo, como no caso da cana-de-açúcar, ou a um bioma ou região, como no caso da Amazônia, serão insuficientes para resolver eventuais conflitos e sobreposições das áreas de expansão e uso por diferentes setores. Da mesma forma, que, sem a identificação precisa das área degradadas consideradas aptas para a expansão das atividades agropecuárias analisadas será impossível compatibilizar o crescimento dos setores com o desmatamento zero. “Essa é uma das principais prioridades para o País organizar o setor agropecuário”, afirma Schlesinger.
O estudo revela a relação desproporcional entre a extensão territorial e os benefícios gerados pela pecuária bovina, em especial. Apenas a pastagem deste setor ocupa 73% do território utilizado por toda a agropecuária. Ou seja, ¾ da ocupação territorial com uma produção que corresponde a 21% do total. Os números indicam que uma produção mais sustentável deve ser menos extensiva e mais integrada às atividades agrícola e florestal. “Por outro lado, já dispomos de técnicas comprovadas e que são relativamente simples, para aumentar a produtividade da pecuária bovina brasileira, como o melhoramento genético e de pastagens, e a adoção da integração lavoura-pecuária que beneficia tanto a pecuária como a agricultura. Porém, a ausência de educação básica no meio rural que apóie a capacitação técnica e extensão para a produção e gestão agropecuária é o principal gargalo para a adoção dessas melhores práticas. Isso, e o fato que ainda é mais barato desmatar e criar boi do que mudar de técnica”, explica o coordenador do trabalho.
Dada a contribuição das atividades agropecuárias para as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do País, o FOCUS I Visão Brasil aponta para a necessidade de se desenvolver políticas específicas que viabilizem a redução das emissões provocadas pela produção agropecuária, incluindo a mensuração detalhada destas por setor. “As mudanças climáticas são uma ameaça ainda não muito bem contempladas pelo setor”, diz Sergio. Uma das recomendações é a atenção às necessidades futuras do mercado internacional de alimentos e o aproveitamento de novas oportunidades que surgirão com a crescente demanda por alimentos.
O estudo completo será apresentado com detalhes no dia 13 de abril, em Brasília, durante o Seminário FOCUS Visão Brasil com o tema “Caminhos para o Agronegócio Sustentável”. Mais informações em www.visaobrasil.org
O principal diferencial do estudo é a análise integrada dos setores de pecuária, soja, cana e florestas plantadas – quatro dentre os principais em termos de ocupação territorial e no peso das exportações agropecuárias do País. “O estudo aponta a ausência de uma análise sistemática e integrada do impacto das atividades agropecuárias, envolvendo tanto o conjunto destas atividades quanto seus aspectos econômicos, sociais e ambientais”, ressalta Schlesinger.
As análises também contemplam a questão da ocupação da terra pela agropecuária. “São mais de 235 milhões de hectares ocupados por esses setores, o que representa 83% da área ocupada por atividades agropecuárias no Brasil. E a grandeza desses setores não está apenas na área por eles ocupada. Cana-de-açúcar, soja, pecuária e florestas plantadas apresentaram expressivas taxas de crescimento da produção nos últimos anos e as previsões apontam para a continuidade desta expansão – ressalvadas as condicionantes referentes às mudanças climáticas. Embora parte do crescimento possa vir do aumento na produtividade, a tendência geral é a de ampliação das áreas ocupadas por todas estas culturas”, ressalta Schlesinger.
O FOCUS | Visão Brasil entende que o agronegócio é um dos pilares de sustentação da balança comercial positiva do Brasil, trazendo importantes divisas para o País. Mas o estudo aponta que, mais que um diferencial competitivo, a atenção a questões de sustentabilidade pode contribuir para que o Brasil promova a transição de uma potência agrícola para uma potência socioambiental. Ou seja, busque alternativas de produção que compatibilizem ganhos produtivos e econômicos com critérios e ganhos socioambientais.
Uma das conclusões do FOCUS I Visão Brasil é que propostas de um zoneamento econômico ambiental limitadas a um setor produtivo, como no caso da cana-de-açúcar, ou a um bioma ou região, como no caso da Amazônia, serão insuficientes para resolver eventuais conflitos e sobreposições das áreas de expansão e uso por diferentes setores. Da mesma forma, que, sem a identificação precisa das área degradadas consideradas aptas para a expansão das atividades agropecuárias analisadas será impossível compatibilizar o crescimento dos setores com o desmatamento zero. “Essa é uma das principais prioridades para o País organizar o setor agropecuário”, afirma Schlesinger.
O estudo revela a relação desproporcional entre a extensão territorial e os benefícios gerados pela pecuária bovina, em especial. Apenas a pastagem deste setor ocupa 73% do território utilizado por toda a agropecuária. Ou seja, ¾ da ocupação territorial com uma produção que corresponde a 21% do total. Os números indicam que uma produção mais sustentável deve ser menos extensiva e mais integrada às atividades agrícola e florestal. “Por outro lado, já dispomos de técnicas comprovadas e que são relativamente simples, para aumentar a produtividade da pecuária bovina brasileira, como o melhoramento genético e de pastagens, e a adoção da integração lavoura-pecuária que beneficia tanto a pecuária como a agricultura. Porém, a ausência de educação básica no meio rural que apóie a capacitação técnica e extensão para a produção e gestão agropecuária é o principal gargalo para a adoção dessas melhores práticas. Isso, e o fato que ainda é mais barato desmatar e criar boi do que mudar de técnica”, explica o coordenador do trabalho.
Dada a contribuição das atividades agropecuárias para as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do País, o FOCUS I Visão Brasil aponta para a necessidade de se desenvolver políticas específicas que viabilizem a redução das emissões provocadas pela produção agropecuária, incluindo a mensuração detalhada destas por setor. “As mudanças climáticas são uma ameaça ainda não muito bem contempladas pelo setor”, diz Sergio. Uma das recomendações é a atenção às necessidades futuras do mercado internacional de alimentos e o aproveitamento de novas oportunidades que surgirão com a crescente demanda por alimentos.
O estudo completo será apresentado com detalhes no dia 13 de abril, em Brasília, durante o Seminário FOCUS Visão Brasil com o tema “Caminhos para o Agronegócio Sustentável”. Mais informações em www.visaobrasil.org
As informações são de assessoria de imprensa.
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